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A inteligência artificial na medicina: a nova tecnologia pode ser uma aliada dos médicos?

Na chamada medicina de precisão, a IA já é usada para identificar marcadores genéticos e moleculares específicos, que são indicadores da eficiência de determinados tratamentos. Em cirurgias, a IA pode auxiliar o cirurgião em procedimentos complexos, melhorando a precisão e a segurança das operações.

“Outro uso importante da IA na medicina é, por exemplo, indicar processos mais eficientes para os hospitais, de forma a reduzir custos e aumentar o retorno”, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), Luiz Kiatake. “Outros ganhos relevantes são reduzir o desperdício, gerar dados de qualidade e reduzir custos assistenciais evitáveis. Acho que a IA é a chave para reduzir os custos em saúde, o que é de extrema importância.”

Médico versus máquina?

Superintende de Ciência de Dados e Analytics do Einstein, Edson Amaro acredita, inclusive, que, em determinadas situações a IA pode ser muito superior ao médico. Mas que isso é positivo.

“A gente já sabe que a capacidade da IA detectar alterações num exame de imagem, por exemplo, é maior que a do ser humano”, afirmou. “Mas um exame não pode ser interpretado por IA. O que aquele resultado representa no contexto daquele paciente é algo que só o médico pode dizer.”

“Essa pergunta já foi feita em vários momentos”, afirmou. “Na verdade, o homem pode e deve ser substituído em momentos específicos. Por exemplo, na oftalmologia, as observações são feitas por máquinas. Hemogramas são feitos por máquinas, não mais por um médico no microscópio. Os oftalmologistas e os patologistas não perderam seus empregos, eles se adaptaram a novas ferramentas. É a mesma coisa com a IA, ela é uma aliada, é preciso aprender a lidar com ela.”

Especialistas lembram que é fundamental alimentar a IA com informações de qualidade para que ela seja cada vez mais precisa. E também é crucial formar uma nova geração de médicos que saiba usar a ferramenta de forma inteligente.

“A moderna formação médica não pode mais ser fundamentada na memorização, como era no passado, mas sim no raciocínio investigativo, na formação de uma opinião e na tomada de decisão”, contou Chao L. Wen, lembrando que esses são traços fundamentais para usar a IA de forma inteligente. “Mas a característica mais importante do médico do futuro no cenário da IA e da telemedicina continua sendo a ética.”

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